quinta-feira, julho 01, 2004

LÁGRIMAS...

running all the time...

lágrimas na face que nem uma criança
sementes e mentes deitadas na esperança
seguram numa mão as chaves do teu sorriso
será o juízo final ou o final do juízo?
chegados ao ponto de exaustão
em que o bem estar de poucos não é mais que a perdição
pra maioria paradoxo sem sentido estou perdido
pra sobreviverem chafurdam no próprio lixo promíscuo
ódio transmitido de geração em geração, pecados sem razão
cenas tão podres que não deviam existir
armas disparadas e prontas a repetir
olhos de crianças desesperadas de algum afecto, algum amor
quem será causador de tamanha dor
olhar de quem não tem nada a perder
gente que imagina que viver é não ter medo de morrer
de vez em quando perguntam se a pena de morte
deveria existir, deixa-me rir
o fim do mundo está a chegar, não há como fugir
humanidade estás a sentir?

Se lágrimas fossem amor, ninguém ia sofrer
eu quero saber se estás a sentir o fim do mundo está a vir
basta olhar e ver a emoção está a morrer
e o people já nem quer saber o que se passa

o que se passa em tua mente eu pergunto
porque na minha não sei se estou baralhado ou confuso
sinto que alguma coisa está a mudar, nego
e no verão já nem com o calor posso contar
quanto mais gente comigo mais sozinho estou
e o jovem desempregado pergunta porque é que estudou
uns não sabem nada, outros ainda sabem menos
o moderado não chega, o pessoal é de extremos
gastam milhões até a marte já chegaram
não querem saber do que aqui danificaram
crenças e deuses, religiões por todo o lado
surgem profetas que enaltecem o pecado
em tanta agonia canto e danço para esquecer
mas não evito e sinto lágrimas correr
transformo as lágrimas em pequenos sorrisos
talvez assim se encontre um novo sentido
mais cedo ou mais tarde tudo irá mudar
se tudo começou tudo tem de acabar

Se lágrimas fossem amor, ninguém ia sofrer
eu quero saber se estás a sentir o fim do mundo está a vir
basta olhar e ver a emoção está a morrer
e o people já nem quer saber o que se passa

(Black Company)