sexta-feira, dezembro 16, 2005

Homenagem!

A tão pouco tempo da grande apresentação do projecto à Assembleia do Camtil não podia deixar de fazer uma GRANDE HOMENAGEM a essa bonita ilha que é SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE... Voltei há já algum tempo (3 meses feitos dia 10 de Dezembro), mas parece ontem o dia em que deixei a minha segunda casa! Sim, considerá-la a minha segunda casa é pouco, para tudo quanto este projecto e aquela gente significaram para mim...

A S. Tomé agradeço a facilidade com que me encantaram as suas belas paisagens! A constatação do que às vezes pode parecer tão pouco para uns, mas que é sem dúvida uma dádiva divina...
A grandeza subtil dos pormenores,
o quente das águas do mar,
o frio dos banhos em casa,
o cansaço depois de cada campo, que fazia tudo ter sentido,
o regaço Dele, sempre pronto para nos acolher,
o cheiro dos dias,
o sabor dos frutos e das comidas,
a beleza das noites,
a música dos lugares,
a cumplicidade dos momentos,
a verdade das partilhas,
a sinceridade espontânea,
a ilha, tal como ela é...simplesmente!

Aos santomenses agradeço a genialidade com que, inconscientemente, me fascinaram e apaixonaram...
A pureza da entrega,
a grandeza da palavra servir,
a honra de pertencer à Equipa de Deus,
a intimidade do kizomba, tão característica,
os sorrisos tão sinceros,
as saudades tão sentidas...tão nossas!
ao Abdul a proximidade que se criou com o diluir das diferenças,
à Leila a entrega arrebatadora com que me conquistou e que me aperta o coração,
ao Lenine o exemplo de liderança tão certo,
ao Wilze um coração tão imenso,
ao Didi, ao Gaspar, ao Nery, ao São, ao Lúcio, ao Lodney, à Gilá e à Celma...


Aos 9 magníficos!
A Ele!
A ti Afonso, a ti Mafalda, a ti Andreia, a ti João, a ti Bernardo, a ti Cenoura, a ti Maria, a ti Xica, a ti Rodrigo...
Obrigado por teres acreditado desde o início na concretização deste projecto. É bom quando nos sentimos acompanhados num Sonho e numa Vontade, porque assim o nosso esforço dilui-se e alimenta-se no esforço dos outros, e ganha força para continuar...
Obrigado por teres tido coragem de arriscar, de sonhar, de correr, de lutar, de querer, a todo o custo, levar o que de melhor temos a quem tanto precisava! Obrigado por teres tido a humildade de reconhecer sempre que não estávamos no melhor caminho, e assim, conseguir chegar sempre mais longe! Até chegarmos ao grande projecto que foi este Mi São Tomé...
Obrigado por teres sido família, por teres sido regaço, por teres sido local de recarregar baterias!
Obrigado pela sintonia, pela amizade, pela presença!
Pelo silêncio, sempre que era preciso, e por saberes quebrá-lo quando já era demasiado... Pela entrega desmesurada e pela partilha sincera...
Pela sábia distinção entre alturas de descompressão e alturas de trabalho árduo...
Obrigado por teres trazido o coração cheio e por, ao mesmo tempo, teres tido a capacidade de deixar tanto!
Obrigado pelo choro, pelos risos, pelas músicas...
Pelos cheiros, sabores e palavras sábias...
Por te teres deixado guiar e por teres sabido conduzir...com tanta perícia!
Obrigado! Porque, através do teu exemplo, me mostraste, outra vez a magia do CAMTIL, que só faz sentido com Ele e por Ele...acima de todas as coisas...

Obrigado! Por me fazeres chegar ao fim deste projecto (agora que outro começa) e me deixares orgulhosa pela EQUIPA que Ele tão sabiamente me fez escolher...

OBRIGADO pela força que me deste! Por me teres feito ultrapassar tantos medos... medos, sempre os tive, e sempre os tenho, mas o medo pára....a esperança move! Movo-me então com a esperança de um dia te poder abraçar e dizer-te, mais uma vez...Obrigado. Não um obrigado como tantos outros que foram ditos em muitas situações, não o obrigado de obrigação... um obrigado de quem muito aprendeu (e continua a aprender) com uma pessoa tão grande.

As palavras não chegam para dizer quanto sinto,
as lágrimas no canto dos meus olhos são maiores do que qualquer palavra!

Fiquem com Deçu! Todos!
Um grande grande beijo!
Maria

P.S. Como surpresa deixo a tocar neste meu espaço a música que nos acompanhou, que marcou a nossa ida a S. Tomé! E que me deixa, sempre que a ouço, com o coração apertado!